Coleção: Retratos da Convivência na Escola
Os retratos que queremos guardar para os próximos 50 anos não são mais de corpos quietos, obedientes, passivos diante do mundo. Os retratos da escola sem muros são de gente que convive e que faz dessa convivência a experiência que pode preservar a espécie humana, naquilo que ela tem de mais valor: ser HUMANA, o que quer dizer ser ÉTICA.
Coordenadora da coleção: Luciene Regina Paulino Tognetta (Unesp - Campus Araraquara)
Revisão Técnica: Maria Suzana De Stefano Menin (Unesp – Campus Presidente Prudente)
Realização: Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral – Gepem (Unesp/Unicamp)
ISBN da coleção: 978-65-86844-07-8
• Livro 1: Bullying e convivência em tempos de escolas sem paredes: a formação para a convivência.
Formato 16x23 cm, 284 páginas
ISBN 978-65-86844-10-8
• Livro 2: Passo a passo da implementação de um Sistema de Apoio Entre Iguais: AS EQUIPES DE AJUDA.
Formato 16x23 cm, 240 páginas
ISBN 978-65-86844-08-5
• Livro 3: Quando a preocupação é compartilhada: intervenções aos casos de Bullying.
Formato 16x23 cm, 172 páginas
ISBN 978-65-86844-09-2
Piaget, em 1973, sabiamente afirmava que “o direito à educação não é apenas o direito de frequentar escolas: é também, na medida em que vise à educação ao pleno desenvolvimento da personalidade, o direito de encontrar nessas escolas tudo aquilo que seja necessário à construção de um raciocínio pronto e de uma consciência moral desperta”. Nossas crianças e adolescentes encontrarão, quase 50 anos depois, escolas que consigam, de fato, dar conta desse direito?
Os 50 anos passados nos mostraram o quanto faz sentido pensar a escola sem muros, sem paredes, porque o conhecimento já não é propriedade dessa instituição e está nas redes, nos significados das conexões que o mundo globalizado e informatizado produz a cada segundo. Da mesma forma, a função disciplinadora da velha escola já não é mais emergente nem condiz com um mundo em transformação.
Formar uma consciência moral autônoma só é possível quando a escola é vista como um espaço de diálogo, de encontro, de produção de pensamento e de troca das experiências vividas. Mais do que nunca, a escola da contemporaneidade supera os muros porque se completa dessas conexões com o mundo e se abastece das conquistas diárias de professores que discutem a educação como ciência, do protagonismo juvenil, da experiência da vida democrática e da relação de confiança que substitui o medo, a punição ou a obediência cega.
Os retratos que queremos guardar para os próximos 50 anos não são mais de corpos quietos, obedientes, passivos diante do mundo. Os retratos da escola sem muros são de gente que convive e que faz dessa convivência a experiência que pode preservar a espécie humana, naquilo que ela tem de mais valor: ser HUMANA, o que quer dizer ser ÉTICA.
PIAGET, J. Para onde vai a educação? Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1973. p. 53